PARTICIPAÇÃO NO TRIBUNAL DO JÚRI - ESTAGIÁRIO DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PAU DOS FERROS/RN-

PARTICIPAÇÃO NO TRIBUNAL DO JÚRI  - ESTAGIÁRIO DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PAU DOS FERROS/RN-
A APROVAÇÃO NA SEGUNDA FASE DA OAB CONSOLIDA UM PROCESSO QUE CULMINARÁ COM A CONCLUSÃO DO CURSO EM 2015 E OPORTUNAMENTE EXERCER O EXECÍCIO DA ADVOCACIA.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A crise mundial de alimentos e a fome que virá por aí




Criança famélica recebe tratamento na Somália. Até 2030, famílias de países mais pobres podem ter que gastar até 70% de suas rendas para comer. Foto: Michael Goldfarb/Médicos Sem Fronteiras


Pode ser que alguns ainda se surpreendam, mas nós humanos somos como qualquer outra espécie que habita o planeta nas funções mais básicas e ordinárias de nossas existências. A principal tarefa que nos cabe cotidianamente é a de obter alimento suficiente à nossa própria sobrevivência.  Assim mesmo, sejamos mais ou menos inteligentes, teremos que comer hoje, amanhã e nos dias vindouros de nossa limitada existência. Nada muito diferente do que faz uma minhoca, um gambá ou um sabiá.
Esta é apenas uma entre as muitas leis naturais a que estamos subordinados. O problema é que a ganância ilógica e estúpida dos poderosos nos tempos modernos buscam colocar o homo sapiens  aquém e além do óbvio. Só assim poderemos entender a inversão de prioridades ao colocar em risco a produção dos alimentos, tal com, temos visto com certa frequência em situações alarmantes.
Preços cada vez mais altos
O mais recente relatório divulgado na semana passada pela FAO, o órgão das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, revela que a elevação no preço dos alimentos chegou a níveis críticos, ou melhor, desesperadores, principalmente para os países pobres que necessitam importar alimentos para dar de comer às suas populações.
Segundo revelam os dados da FAO, nesses últimos meses os preços do trigo registraram uma alta estratosférica entre 60% e 80%. O milho, um aumento de 40%. Uma nefasta combinação entre aquecimento global e produção de energia a qualquer custo podem estar entre os principais fatores causadores dessas altas. Afinal, as quebras nas safras de dois gigantes na produção de grãos, Estados Unidos e Rússia, ocorreram em virtude dos efeitos de secas prolongadas. Nunca é demais lembrar que a alimentação por grãos, como trigo, milho e arroz, representam a base da dieta de parte considerável da humanidade.
Mesmo assim e, infelizmente, o preço desses alimentos tem estado em constante alta, pois além do prato dos humanos, esses cereais alimentam animais e os veículos abastecidos por biocombustíveis.
O relatório afirma que 22 países já enfrentam uma  crise prolongada com altos índices de fome mesmo antes dessa forte alta. Portanto, além do agravamento da situação desses que já enfrentam uma crise alimentar deve-se esperar que novos países venham a se juntar a esse grupo de esfomeados.
O próprio Banco Mundial, na figura de seu presidente Robert Zoellick, também manifestou preocupação com o aumento da fome do mundo. Segundo ele, a elevação dos preços agrícolas trará enormes consequências para países em desenvolvimento.
 Se os dados atuais da ONU são alarmantes, o futuro parece trazer ainda mais preocupações. A ONG Oxfam divulgou, também na semana passada, uma nova edição do relatório “Extreme Weather, Extreme Price” (Clima Extremo, Preço Extremo). A situação da fome ainda vai piorar: segundo a organização, “populações que hoje já passam dificuldade para se alimentar se encontrarão em uma situação ainda pior nas próximas décadas, comprometendo até 75% de sua renda na compra de comida”.

Cálculos da Oxfam estimam que os preços médios de alimentos deverão dobrar até 2030.
No Brasil, o problema é o desperdício

Quarto maior produtor mundial de alimentos, o Brasil produz comida suficiente para alimentar toda a sua população e ainda exportar excedentes. Mas além da má distribuição, um dos maiores problemas do país é o desperdício. Dados da Embrapa estimam em uma perda diária de alimentos na casa das 40 mil toneladas. Uma quantidade suficiente para alimentar em torno de 19 milhões de pessoas com três refeições por dia.
Estudo do Instituto Akatu divulgado no caderno temático “A nutrição e o consumo consciente”  nas diversas etapas pelas quais o alimento passa antes de ser adquirido pelo consumidor ocorrem perdas que perfazem essas milhares de toneladas de comida boa que vai parar no lixo, sendo 20% na colheita; 8% no transporte e armazenamento; 15% na indústria de processamento e 1% no varejo. Além disso, devem-se levar em conta todos os recursos naturais que foram utilizados para a produção desperdiçada desses alimentos.
Iniciativas sustentáveis

É óbvio também que tais ações devem contar com a participação da iniciativa privada, fundamental para o sucesso de uma política que vise o bem estar da população. As grandes corporações produtoras de alimentos já possuem uma relevância tal que suas ações para o bem ou para o mal impactam a vida de parte considerável da humanidade.
Um exemplo interessante é o da empresa Sapore,  multinacional brasileira responsável pelo abastecimento de mais de 1.100 restaurantes corporativos com cerca de 800 mil refeições servidas diariamente e faturamento na casa do 1 bilhão de reais por ano (dado de 2011).
Os 2 mil fornecedores cadastrados em todo o país que fornecem e preparam os alimentos a serem servidos a esses milhares de trabalhadores todos os dias precisam observar critérios de sustentabilidade determinados no IOS (Inteligência Operacional Sapore)  que buscam, entre outros, a redução no desperdício de alimentos, do consumo de água nas cozinhas e dos gastos com energia elétrica e gás.
O uso de equipamentos de última geração em espaços reduzidos de cozinhas de 40 m² também garantem eficiência e a otimização dos processos na preparação dos alimentos.
Os restaurantes também contam com campanhas educativas sobre alimentação saudável e controle do desperdício. Enfim, essa é uma ação, entre tantas, necessárias para que evitemos a perda absurda de alimentos.
É possível mudar, mas tem que ser rapidamente

Basear os investimentos em uma agricultura sustentável com o incentivo aos pequenos produtores, consumir mais produtos locais, melhorar a infraestrutura do transporte e armazenamento para reduzir o desperdício e garantir o acesso da população aos alimentos são ações que deveriam estar presentes em qualquer plano estratégico de um país. Ainda mais se esse país for pobre ou em desenvolvimento.  Colocar todos os esforços e todos os setores na busca desse equilíbrio é até mesmo uma questão de governabilidade.
O fato é que se deixarmos as coisas como estão podem se esperar o registro de novas revoltas ao redor do mundo semelhantes as que têm ocorrido cada vez com maior frequência em diferentes regiões do planeta.
Se muitas dessas manifestações tinham, umas mais outras menos, também como motivação a escassez ou a alta no preço dos alimentos, o agravamento da situação não será bom conselheiro na hora de pedir calma aos revoltosos. Afinal, se não for possível comprar comida para colocar no prato dos filhos, não haverá bom senso e bons argumentos capazes de evitar atitudes, no mínimo pouco civilizadas.

Reinaldo Canto
Fonte: Carta capital

DOBLOG: Em se tratando de Braisl e especificamente do semiárido nordestino essa realidade poderá nos atingir caso se confirme prognóstico que indicam ano de estiagem em 2013. É importante ver o que as propostas de candidatos nas eleições deste ano apontam neste sentido.

Saúde gastou R$ 200 milhões com acidentes de trânsito em 2011.


Segundo a coordenadora da Área Técnica de Vigilâncias e Acidentes do Ministério da Saúde, o Brasil enfrenta "uma epidemia" de acidentes de trânsito

Levantamentos do Ministério da Saúde sobre internações hospitalares e gastos com tratamento mostraram nesta quinta-feira que acidentes de trânsito geraram um gasto de R$ 200 milhões aos cofres públicos. Segundo a coordenadora da Área Técnica de Vigilâncias e Acidentes da pasta, Marta Maria Alves da Silva, o Brasil enfrenta "uma epidemia" de acidentes de trânsito. Em 2011, foram internadas em hospitais da rede pública 153.565 vítimas de acidentes.
A agravante é que, do total das internações, 48% envolveu motociclistas. "Isso caracteriza uma situação epidêmica, e as causas mais comuns são: direção perigosa e condução das motos por pessoas alcoolizadas", destacou Marta Alves, ao participar hoje do seminário Políticas para o Trânsito Seguro de Motos, promovido pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
A técnica disse que o governo como um todo e não apenas o Ministério da Saúde tem desenvolvido uma série de ações para reduzir os números de acidentes no trânsito. Os investimentos são destinados principalmente à reestruturação dos centros de saúde e hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), além da preparação dos profissionais de saúde.

O problema, segundo Marta Alves, é que apesar dos investimentos feitos as estatísticas demonstram crescimento no número de acidentes e principalmente de óbitos ano a ano. "É preciso inverter essa tendência com investimentos maciços em prevenção, especialmente para conscientizar sobre o perigo do excesso de velocidade e de dirigir alcoolizado", frisou a técnica. Segundo ela, 30% dos leitos dos prontos-socorros são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito, e 25% dos condutores que dão entrada nos hospitais morrem.

Os dados da Associação Brasileira de Medicina no Tráfego (Abramet) confirmam os levantamentos feitos pelo governo. O presidente da entidade, Dirceu Rodrigues Alves Júnior, ressaltou que a cada dez leitos ocupados nas unidades de terapia intensiva (UTIs), quatro são por acidente de trânsito, especialmente condutores de motos.

"O que acontece, não temos lugar para internar na UTI pessoas vítimas de outras ocorrências, como infarto e doenças crônicas. O que fazemos é transferi-los para enfermarias", disse o presidente da Abramet. Para ele, o problema só vai ser revertido com a melhoria dos serviços de qualificação dos motoristas, especialmente motociclistas.
Fonte: portal terra

DOBLOG: Em decorrência da quantidade de acidentes que vitimou pessoas conhecidas ou amigas em nosso município já está mais do que na hora de se providenciar uma campanha de conscientização em nossas escolas e demais institições sobre essa questão.   

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O BRASIL AVANÇANDO. Comissão do Senado aprova projeto que quer tornar crime hediondo desvios de recursos da Educação e da Saúde



A proposta de incluir entre os crimes hediondos as fraudes praticadas em licitações, contratos e programas nas áreas de Saúde e Educação públicas deve ser apreciada pela comissão especial do Senado que analisa o projeto de lei do novo Código Penal.

Nesta terça-feira, a Comissão de Educação aprovou o projeto de lei que prevê maior rigor na punição de envolvidos em formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa, além de peculato com o objetivo de desviar recursos das duas áreas essenciais do serviço público.

A matéria será remetida à apreciação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O autor da proposta, Lobão Filho (PMDB/MA), lembrou que o Departamento de Patrimônio e Probidade da Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou estudo em que demonstra que praticamente 70% dos recursos públicos desviados no país são das áreas da Saúde e Educação.

Mais que oportuna, a proposta já deveria até estar em vigor há mais tempo. Bem como sua aplicação efetiva, pois, como se sabe, no Brasil a simples existência de uma lei não garante o seu cumprimento.

De toda forma, antes tarde do que nunca.

O ideal seria que a população se mobilizasse para cobrar dos seus parlamentares a aprovação da matéria o mais rápido possível.

A fim de evitar que, como tantas outras, a ideia se perca entre outras "prioridades" dos congressistas brasileiros.
Fonte:nominuto.com