PARTICIPAÇÃO NO TRIBUNAL DO JÚRI - ESTAGIÁRIO DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PAU DOS FERROS/RN-

PARTICIPAÇÃO NO TRIBUNAL DO JÚRI  - ESTAGIÁRIO DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PAU DOS FERROS/RN-
A APROVAÇÃO NA SEGUNDA FASE DA OAB CONSOLIDA UM PROCESSO QUE CULMINARÁ COM A CONCLUSÃO DO CURSO EM 2015 E OPORTUNAMENTE EXERCER O EXECÍCIO DA ADVOCACIA.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O Cardeal Defendeu presos políticos

“Sua integridade moral permitia que confiássemos a ele diversos segredos. Ele nos ajudava no contato com nossos familiares, que eram proibidos de nos fazerem visitas”, lembrou Perly Cipriano, na época um dos militantes de esquerda que receberam a visita do cardeal no presídio.


Dom Eugênio, durante o governo do general João Batista Figueiredo na presidência da República defendia anistia aos presos políticos, como informou aos próprios em na visita que fez ao Presídio Milton Dias Moreira, na Rua Frei Caneca, Centro da Cidade. Diz a reportagem que no encontro ele "voltou a se declarar favorável a uma anistia “a mais ampla possível”. Como Bispo, garantiu, ficaria “muito feliz” se ontem mesmo todos os presos fossem soltos".

Usando de sua sinceridade habitual, ele deixou claro sua diferenças políticas com os militantes de esquerda presos, ao explicitar que a anistia que defendiam era diferente. A reportagem explicou que ele "acrescentou, porém que seria demagógico advogar anistia por igual para presos cujo crime consiste apenas em divergir do sistema político e aqueles que “assaltaram e mataram de forma torpe”".

Na ocasião, o cardeal já comentava a ajuda que estava dando a refugiados das ditaduras militares de países sul-americanos, muito embora só fosse detalhar o que fazia muito tempo depois, em entrevista ao jornalista Fritz Utzeri, do JB. A notícia de junho de 1979 narra que ele "para, de certa forma, consolar os presos, D. Eugênio revelou que , só nos últimos tempos, mais de 2 mil estrangeiros, fugidos e talvez em piores condições do que vocês”, foram atendidos no Palácio São Joaquim".

Na foto que ilustra a matéria, dom Eugênio é recebido no presídio pelos presos políticos Gilney Viana, hoje coordenador-geral do Projeto Direito à Memória e à Verdade da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República; Alex Polari, hoje um dos líderes de uma das maiores comunidades de Santo Daime, no Acre; Nelson Rodrigues Filho, jornalista; Manoel Henrique Ferreira; o colombiano Jorge Odrias; e Perly Cipriano. O cidadão de braço cruzado que também aparece na foto não era preso.

Preso e torturado por sua militância na Ação Libertadora Nacional (ALN), Perly Cipriano lembra das visitas de Dom Eugenio Sales no Presídio Milton Dias Moreira, localizado no extinto Complexo Penitenciário Frei Caneca. O ex-detento, que hoje é sub-secretário estadual de Direitos Humanos do Espírito Santo, contou que o bispo assistiu aos encarcerados pela ditadura militar. "Era conservador, mas íntegro".

Ele conta que o bispo aceitava o papel de intermediar reivindicações às autoridades: “Ele também fez as vezes de porta-voz. Na foto, em questão, entregamos a ele um documento, assinado pelos presos, com denúncias e reivindicações. Sua influência certamente nos ajudou”.

Dom Eugênio não apenas encaminhava as reivindicações, como ainda exigia a presença de jornalistas. A mesma notícia explica que aquela era a primeira ida dele a um presídio, após cinco meses distante, como uma forma de protesto à proibição da entrada de repórteres.

"A visita de ontem foi a primeira depois de cinco meses, quando o Arcebispo decidiu não voltar aos presídios enquanto não fosse permitido o livre acesso da imprensa nesses casos. A proibição foi baixada pelo Governador Faria Lima, no dia em que vários penitenciários denunciaram os maus-tratos que sofriam dos guardas", diz a reportagem.

Nem todos os presos políticos, porém, sabiam desta faceta do cardeal. Durante os dois anos e meio em que esteve atrás das grades por pertencer ao Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Álvaro Caldas, admite não ter tido conhecimento desta atuação de dom Eugênio. Hoje ele destaca este empenho do cardeal.

“Tínhamos a impressão que ele era mais amigo da ditadura do que um de seus opositores. Só tomei conhecimento mais tarde, através de matérias de jornal. Louvo a ação dele”, lembrou o hoje professor de Comunicação da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ).

















terça-feira, 10 de julho de 2012

Bento XVI: Dom Eugênio, uma vida dedicada à Igreja



Recebida a triste notícia do falecimento do venerado Cardeal Eugênio de Araújo Sales, depois de uma longa vida de dedicação à Igreja no Brasil, venho exprimir meus pêsames a si e aos bispos auxiliares, ao clero e comunidades religiosas, e aos fiéis da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, que por três décadas teve nele um intrépido pastor, revelando-se autêntica testemunha do evangelho no meio do seu povo.


Dou graças ao Senhor por ter dado à Igreja tão generoso pastor que, nos seus quase setenta anos de sacerdócio e cinquenta e oito de episcopado, procurou apontar a todos a senda da verdade na caridade e do serviço à comunidade, em permanente atenção pelos mais desfavorecidos, na fidelidade ao seu lema episcopal: "impendam et superimpendar" (gastarei e gastar-me-ei por inteiro por vós).

Enquanto elevo fervorosas preces para que Deus acolha na sua felicidade eterna este seu servo bom e fiel, envio a essa comunidade arquidiocesana, que lamenta perda dessa admirada figura, à Igreja no Brasil, que nele sempre teve um seguro ponto de referência e de fidelidade à Sé Apostólica, e a quantos tomam parte nos sufrágios animados pela esperança da ressurreição, uma confortadora bênção apostólica.

Benedictus PP. XVI".

O arcebispo emérito do Rio de Janeiro, dom Eugênio de Araújo Sales, 91, morreu vítima de um infarto



O arcebispo emérito do Rio de Janeiro, dom Eugênio de Araújo Sales, 91, morreu nesta segunda-feira (9), às 22h30, vítima de um infarto enquanto dormia. Dom Eugênio era o mais antigo cardeal da Igreja Católica. Segundo a Arquidiocese do Rio de Janeiro, o cardeal morreu na sua casa, no Sumaré, na zona norte da cidade.
O velório será nesta terça-feira (10) na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no centro do Rio. Já o enterro ainda não tem data marcada, mas deve acontecer na quarta-feira (11), quando o irmão de dom Eugênio, dom Heitor Sales, voltar de uma viagem à Europa.
Nascido em Acari (RN) no dia 8 de novembro de 1920, dom Eugênio Sales fez seus primeiros estudos em Natal e ingressou, em 1931, no Seminário Menor. Estudou Filosofia e Teologia no Seminário da Prainha, em Fortaleza. No dia 21 de novembro de 1943, dom Eugênio foi ordenado sacerdote.

Em 1954, aos 33 anos, foi nomeado bispo auxiliar de Natal pelo papa Pio 12. Em 1962 foi designado administrador apostólico da Arquidiocese de Natal, função que exerceu até 1965.

Em 1964, tornou-se administrador apostólico da Arquidiocese de Salvador e, quatro anos depois, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, pelo papa Paulo 6º.

Dom Eugênio foi o criador das Comunidades Eclesiais de Base e da Campanha da Fraternidade. Outro ponto de destaque na vida de dom Eugênio foi o abrigo a perseguidos políticos durante o regime militar.

Em 1969, dom Eugênio foi nomeado cardeal pelo papa Paulo 6º. No dia 13 de março de 1971, o papa o nomeou arcebispo do Rio de Janeiro, função que exerceu até 2001, quando sua renúncia foi aceita.

Dom Eugênio foi um dos primeiros bispos brasileiros a implantar o Diaconato Permanente, para que homens casados entrem para o clero. Foi também membro de onze congregações no Vaticano.

Dom Eugênio Sales possuía os títulos de cardeal protopresbítero (o mais antigo em idade e/ou nomeação entre os cardeais presbíteros) e arcebispo emérito (aposentado) da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.
 Fonte:UOL

Cidadãos, Partidos políticos, Ministério Público Eleitoral e Coligações têm até sexta-feira, 13, para PEDIR IMPUGNAÇÕES DE CANDIDATURAS. SEXTA-FEIRA 13!



A sexta-feira (13) será o dia de “caça” aos políticos fichas-sujas em todo o Brasil, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até esta data, qualquer candidato, partido político, coligação ou o Ministério Público Eleitoral poderá impugnar os pedidos de registro de candidatos apresentados pelos partidos ou coligações. Além disso, qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticos pode dar ao juízo eleitoral, até esta data, a notícia de inelegibilidade que recaia em candidato com pedido de registro apresentado pelo partido político ou coligação. O mesmo processo vale até o dia 18 no caso de registros individuais. De acordo com o TSE, os registros de candidatura, após o período de convenções, tinham prazo final até as 19h da quinta-feira (5) para ser apresentados à Justiça Eleitoral. Com os nomes e documentação apresentados, a Justiça teve até o dia 8 para publicar edital dos pedidos de registro de candidatos dos partidos.