PARTICIPAÇÃO NO TRIBUNAL DO JÚRI - ESTAGIÁRIO DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PAU DOS FERROS/RN-

PARTICIPAÇÃO NO TRIBUNAL DO JÚRI  - ESTAGIÁRIO DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PAU DOS FERROS/RN-
A APROVAÇÃO NA SEGUNDA FASE DA OAB CONSOLIDA UM PROCESSO QUE CULMINARÁ COM A CONCLUSÃO DO CURSO EM 2015 E OPORTUNAMENTE EXERCER O EXECÍCIO DA ADVOCACIA.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O QUE ALGUMAS EXPRESSÕES NA VERDADE SIGNIFICAM



No Brasil, durante muitos anos, graças ao autoritarismo dos governos militares consolidou-se uma cultura anti democrática, e um dos termos mais utilizados para expressar esse autoritarismo foi “CALE A BOCA”. O mesmo espalhou-se em todos os segmentos sociais, políticos, familiares e nas relações entre pessoas, onde um dos interlocutores se sentindo dominante intervém cortando a possibilidade de expressão do outro. Passaram-se os anos e graças a CORAGEM E DETERMINAÇÃO DE VALOROSOS BRASILEIROS E DE ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL vários avanços foram conquistados e consolidou-se um regime DEMOCRÁTICO onde a liberdade de expressão e pensamento  são garantias asseguradas por nossa Constituição. Mesmo com todos esses avanços, ainda hoje em pleno século 21 nos deparamos com pessoas que não conseguem acompanhar esse novo modelo de sociedade, onde o contraditório, o respeito pela opinião contrária e a discussão de idéias e propostas são os principais elementos que norteiam as relações, principalmente no campo político. A explicação plausível para os que TENTAM A TODO CUSTO A MANUTENÇÃO DOS GOVERNOS AUTORITARIOS É MUITO CLARA, CONTINUAR FAVORECIDO PELO PODER, POIS NÃO PODEM SOBREVIVER ATRAVÉS DOS SEUS PRÓPRIOS ESFORÇOS, POIS NUNCA ESTUDARAM NEM APRENDERAM A FAZER OUTRA COISA SE NÃO ACOSTAR-SE NOS RECURSOS E BENESSES PÚBLICAS. Tentar CALAR A BOCA DAS PESSOAS POR MEIO DE ARRÔTOS VERNÁCULOS é mostrar a sua própria INCAPACIDADE E DIZER CLARAMENTE QUE NÃO TEM CONDIÇÕES DE DEBATER. Por fim, lembremos DRUMOND que a muitos anos passados já nos ENCORAJAVA A NÃO CALAR SOB A PENA DE AMARELARMOS ATÉ A ALMA.

“Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo”
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
(CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, 1940)


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