PARTICIPAÇÃO NO TRIBUNAL DO JÚRI - ESTAGIÁRIO DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PAU DOS FERROS/RN-

PARTICIPAÇÃO NO TRIBUNAL DO JÚRI  - ESTAGIÁRIO DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PAU DOS FERROS/RN-
A APROVAÇÃO NA SEGUNDA FASE DA OAB CONSOLIDA UM PROCESSO QUE CULMINARÁ COM A CONCLUSÃO DO CURSO EM 2015 E OPORTUNAMENTE EXERCER O EXECÍCIO DA ADVOCACIA.

terça-feira, 26 de junho de 2012

MOVIMENTO PARA RENOVAÇÃO POLÍTICA



Ao percorrer o país apreendo vivamente um sentimento vibrante de renovação política que permeia nas Praças, Bares, Ruas, esquinas e conversas em todos os seus cantos e recantos. Trata-se de um movimento emergente e hegemônico que impera em todos os quadrantes na sede de arejamento e oxigenação, de modernidade e avanço, de leveza nos gestos e atitudes políticas, de compreensão diferenciada do mundo e da atualidade.

Há uma nítida saturação do coronelato retrógrado, da cizania endêmica espraiada por três edições, na busca determinada de um quarto episódio que já se antevê desbotado, surrado e com conteúdo por demais conhecido e de lamentável epílogo.

A marcha inexorável do tempo sempre causou desconforto ao Homem. Nesse contexto, ele se demonstra implacável com seus sopros invencíveis a marcar sua passagem e conspirar contra sonhos, ilusões, fantasias e aspirações. Daí porque se impõe sabedoria para absorvê-lo e com a experiência, compreender o seu tempo e o tempo de refletir que não há mais tempo. São outros tempos!

Os homens arcaicos imaginam que as coisas só podem ser recriadas mediante o retorno às fontes, ao passado, às origens, portanto é sempre prisioneiro do ontem para poder caminhar ao futuro. Os iluministas lutaram contra o obscurantismo religioso, os paraibanos se insurgem e lutam fremente contra o retrocesso e o obscurantismo político.

Os coestaduanos reclamam a revitalização através da prática revolucionária, na remodelação dos costumes, dos modos, da concepção e dos métodos de se cometer política. Estamos a vivenciar uma geração esgotada que está a questionar a hegemonia do político desconfortável nos tempos hodiernos, que encarna o provincianismo, que arrebatou nos Tribunais a vontade soberana do seu povo, que triunfou na esperteza e nos convenientes acidentes de conjuntura, que insiste em conduzir o Estado a letargia e ao marasmo, o qual inclusive, apequenou até mesmo nas relações sociais e Institucionais.


Para sua permanência e do seu agrupamento de acólitos, é necessário exacerbar em mídia, na propagação de ordens que não são materializadas, iniciativas que se sabe não serão concluídas, idéias que não serão executadas. O fundamental em toda essa estrutura propagandista montada, não é aquilo que é manifesto, aquilo que se vê, mas o que está por trás do manifesto. Tudo o que é manifesto é ao mesmo tempo mais superficial.


Segundo René Remond, em seu livro Pour une histoire politique, não se trata apenas de criticar uma dada maneira, equivocada, de se fazer história política. O que aqui está em questão é um conjunto de postulados sobre a natureza do político e o sentido de suas relações com os outros níveis da realidade social.
(René Remond (org), Pour une histoire politique, Paris, Seuil, 1988, p. 14. Ver também Jacques Julliard, "A política", em Jacques Le Goff e Pierre Nora, História: novas abordagens, Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1976, p. 181-193).


Nós não devemos pensar e agir como se estivéssemos condenados a permanecer, pela quarta vez, com a convivência dos métodos anacrônicos e indesejáveis, pelo contrario, temos compromissos com as transformações sociais mais amplas, com o alargamento da competência do Estado, com a extensão das políticas de inclusão social, com desenvolvimento consistente das políticas públicas.

Trata-se indubitavelmente de um movimento de renovação, já em curso há algum tempo, que está fadado a tocar mentes e corações a palmilhar em marcha batida em itinerário histórico para o êxito nas urnas ano próximo tendo por escopo precípuo a implementação de novidades, de alegria, de animo, de auto confiança e de auto estima resgatadas para nosso progresso.

As palavras de Pierre Laborie expressam bem essa perspectiva: "A história política não pode ser percebida como uma instância enclausurada no sótão de uma casa onde a única porta de entrada é o porão."

Fonte: www.wscom.com.br
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Carlos Aquino  é Advogado militante e professor da UFPB, membro da Comissão Nacional de Previdencia e Seguridade Social do Conselho Federal da OAB.

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