Ao buscar subsídios para falar aos
companheiros de caminhada nesta eleição e mantê-los animados após o resultado
das urnas me vali de um livro publicado pela editora Record, de MAURICIO DIAS,
que tem como título: “A MENTIRA DAS URNAS – Crônica sobre dinheiro &
fraudes nas eleições”. O mesmo faz um relato de como o eleitor escolhe os seus
candidatos, deixando de analisar suas propostas e ficando preso ao recebimento
de dinheiro, se reduzindo assim a CONDIÇÃO DE MERCADORIA, em alguns casos
MERCADORIA DO PARAGUAI, pois os valores são irrisórios ou a AMEAÇA DE QUE
QUANDO ADOECEREM NÃO TERÃO DIREITO AO MEDICAMENTO OU A AMBULANCIOTERAPIA. Uma outra
análise interessante é que nem sempre os analfabetos e os poucos escolarizados
são os únicos responsáveis pela comercialização do voto, pois muitos
acadêmicos, graduados ou pós-graduados também comercializam seus votos, esses
mais CAROS É CLARO, E TAMBÉM PELAS MESMAS CONDIÇÕES, PROMESSAS DE BOLSAS DE TRABALHO, EMPREGOS SEM CONCURSOS, mas se REDUZINDO TAMBÉM A CONDIÇÃO DE MERCADORIA. O Autor
na parte inicial faz citações de um dos maiores pensadores e cientista político
moderno, o italiano Noberto Bobbio e de um famoso escritor brasileiro, que na
sua época já denunciava essa mazela eleitoral, Eis alguns trechos:
“Os votos, como qualquer
mercadoria, podem ser comprados” Noberto Bobbio
“Eu, pobre rapaz sem experiência,
ficava embasbacado quando ouvia dizer que todo o mal das eleições estava no
método; mas não tendo outra escola, acreditava que sim, e esperava a lei”
Machado de Assis.
Segue o autor:
“Em países com grande concentração de riqueza como o Brasil –
produtor, portanto, de muita injustiça e desigualdade-, a legitimidade da
eleição, que se expressa na opinião da maioria, tem um grau de contaminação
produzido pelo dinheiro que falseia a representação e, muitas vezes, alcança o
patamar do romancista José de Alencar por razões similares – em outro tempo-
chamou de “extorsão da soberania popular”. O dinheiro deturpa e, em certos
casos, determina a vontade do eleitor, e a eleição deixa de ser reflexo da
livre vontade do cidadão e passa a ser uma mentira”....
Sobre a questão da dominação política
e imposição do poder político e econômico sobre o eleitor, faz a seguinte citação:
“O voto de cabresto não foi extinto. Zezinho Bonifácio –
político mineiro- chamava isso de” voto de gratidão” do eleitor carente a benefícios
recebidos diretamente do político ou de seus prepostos. Essa é a filosofia da
cabresto: dê cá seu voto, toma lá seu pão.
Após a reflexão todos se reanimaram e renovaram o compromisso
de continuar firmes no propósito de continuar fazendo política com “P” maiúsculo
e na certeza de que quem assim procede nunca é perdedor, SOMOS TODOS GRANDES
VITORIOSOS. A quem interessar, uma ótima leitura do livro.
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