PARTICIPAÇÃO NO TRIBUNAL DO JÚRI - ESTAGIÁRIO DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PAU DOS FERROS/RN-

PARTICIPAÇÃO NO TRIBUNAL DO JÚRI  - ESTAGIÁRIO DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PAU DOS FERROS/RN-
A APROVAÇÃO NA SEGUNDA FASE DA OAB CONSOLIDA UM PROCESSO QUE CULMINARÁ COM A CONCLUSÃO DO CURSO EM 2015 E OPORTUNAMENTE EXERCER O EXECÍCIO DA ADVOCACIA.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A IGREJA POLITIZADA E POLITIZANTE

O fanático politizado Jim Jones


Atualmente vemos proliferação de leis contrárias, e até criminalizantes, da moral e fé cristãs. Muitos evangélicos se preocupam com isso e discutem sobre como parar tal militância dos anticristos. É claro que tais leis refletem a franca predileção, de alguns, pelo dinheiro fácil conseguido com o pecado, pensando por outro lado talvez deputados evangélicos não devam se preocupar em combater tais militantes, mas em propor leis piedosas.

O que me impressiona não é o excesso de leis ímpias, afinal é disso que o mundo sem Deus se ocupa, mas a falta de leis piedosas demonstra que não estamos em bom caminho apesar de tantos políticos cristãos no congresso.

No Brasil temos lei para tudo, inclusive para dar aumento a parlamentares. Como eleitor observo que a muitos anos, desde o fim da ditadura pelo menos, políticos evangélicos surgem com discursos apologéticos buscando votos em época pré eleitoral. Político é tudo igual, seja evangélico ou não, talvez até existam exceções, mas a dúvida e descrença é grande. E há muitos pastores que os apoiam, entretanto, cada vez mais o mal impera.

Pastor e político são duas funções contraditórias, isto, se observarmos o padrão político de nossa história como nação em comparação com homens de Deus do passado que se dedicaram a pregar o evangelho, mas se comparamos os políticos com a pastorada da prosperidade, não há diferença. Ambos desejam palanque para permanecer na mídia, com interesses que não nos interessam.

O que estamos precisando é de mais evangélicos de púlpito do que evangélicos de palanque. Se o mal encontra cada vez mais apoio não é porque nos omitimos politicamente, mas porque nos omitimos na pregação bíblica. "Um abismo chama outro abismo" e o primeiro abismo em que os evangélicos brasileiros caíram foi se impressionar com shows de milagres e abandonarem as Escrituras.

Hoje, pastores desejam mordomia e exclusividade na pregação como pop stars, ou mesmo "pobre stars" para os meramente remediados, o pastorado tornou-se personalista centrado no 'grande ministro' e não no Supremo Senhor de nossas almas: Jesus Cristo. Espanta-me quando vejo na placa de uma igreja as palavras "pastor presidente Fulano de Tal", dá a nítida impressão de quem manda.

Parece que isso é coisa de agora, mas nós mesmos participamos da construção desse monstro ao conceder a pregação às sumidades e não aos servos. Contribuímos também com nossa apatia de "não poder julgar"  – numa interpretação errada e generalista da proibição de julgamento duvidoso – os falsos profetas que proliferaram e, hoje, nos representam como nossa imagem social nas mídias de alcance nacional. Aqueles falsos profetas que antes defendemos, cresceram, apareceram, e hoje somos confundidos com eles. Pior! Até há alguns que os imitam!

Isso não é só no Brasil, o Diabo tem desencaminhado a muitos da pregação do genuíno Evangelho para a ação politica de luta contra a "carne e o sangue". Homens ímpios, se dizendo religiosos e, principalmente, politicamente engajados como Jim Jones e Charles Mason levaram pessoas ao suicídio ou a cometer assassinato sob justificativa "religiosa" mas com forte influência política que possui ou possuiu até mesmo ações e ramificações no Brasil.

Agora que nos afastamos da pregação da Palavra, que a colocamos nas mãos de meia dúzia que não larga o osso, estamos piorando as coisas querendo resolver problemas espirituais através de política! Muitos desses políticos "defensores dos bons costumes" estão entre os falsos profetas que contribuíram para tal situação da atualidade. Que faremos então? Seguiremos seus projetos políticos de luta "contra a carne e o sangue"? Não adianta, isso é só mais uma maneira de propagar a maldade. Devemos voltar a pregar o evangelho genuíno e mostrar que há diferença entre o verdadeiro evangelho de Cristo e os falsos evangelhos.

Se queremos fazer diferença em nossa nação, não devemos ficar preocupados com politica ou politicagem, mas sim com a pregação da Palavra de Deus. Não me entenda mal, mesmo que pareça generalizar, sei que há políticos sinceros, poucos, mas a ação política não deve ser nosso foco principal mas sim a pregação do Evangelho do Reino. Digladiar politicamente com os ímpios de nada adianta, pois "o mundo jaz do maligno" o que realmente precisamos é tirar almas da escravidão de Satanás e mostrar-lhes o caminho para a cidadania dos céus.

"Estamos" pregando prosperidade nesse mundo, viajando de jatinho, abandonando o Evangelho genuíno e, para piorar, queremos usar as armas do mundo. Quando os pastores eram mais humildes, ou eram pastores, quando mais irmãos tinham a oportunidade de pregar, quando as igrejas não eram policiadas pelos "líderes" mas ensinadas pelos servos, tínhamos mais influencia social mesmo sendo minoria. Ah, naquele tempo, também, político era só político e em alguns casos nem tinham salário.

Mesmo que alguns cristãos venham a militar de forma honrosa na política e na imprensa – inclusive, estes servos sérios, o fazem além do período eleitoral como exemplo temos o militante pró família Julio Severo – a igreja não é partido, é a casa de Deus onde se prega o Evangelho, não misturemos as coisas.

Chegou a hora de decidir o que desejamos para a igreja, ou nos tornamos uma instituição política como aconteceu com o romanismo, ou então, assumimos nossa verdadeira missão como corpo de Cristo que anuncia a Palavra até os confins da terra.  Qual é a sua escolha?
(www.abibliaevoce.com)

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